Romance Ideal - Paralamas do Sucesso

     Esta é uma música de uma das minhas bandas preferidas, Paralamas do sucesso.

"Ela é só uma menina

E eu pagando pelos erros que eu nem sei se eu cometi

Ela é só uma menina

E eu deixando que ela faça o que bem quiser de mim

Se eu queria enlouquecer essa é a minha chance

É tudo que eu quis

Se eu queria enlouquecer

Esse é o romance ideal

Eu não pedi que ela ficasse

Ela sabe que na volta

Ainda vou estar aqui

Ela é só uma menina

E eu pagando pelos erros

Que eu nem sei se cometi

Se eu queria enlouquecer essa é a minha chance

É tudo que eu quis

Se eu queria enlouquecer

Esse é o romance ideal"

      Na letra acima, a visão do eu-lírico a respeito da sua paixão é que ela é uma loucura, daquelas que vale a pena, afinal, ele diz que ainda vai estar lá para ela. 

     Reza a lenda que Herbert Viana escreveu isso para a Paula Toller (com quem já foi até casado) e ela "respondeu" a ele com a música "Como eu quero" (Kid Abelha). Fica mais evidente na parte que ela diz "solos de guitarra não vão me conquistar". Claramente ela se refere ao solo de guitarra da música Romance ideal. Demais, não? 

     Autores adoram falar do combustível mais barato da literatura: o amor. Oswald de Andrade tratou o amor com desdém no gigantesco poema "Amor". Já Vinícius de Moraes varia sua concepção de amor dependendo do poema ou música que você possa ler, pois ele tem mais de uma fase literária. Mas não é só isso. Autores mais recentes levam muito mais em consideração o que vivem para colocar no papel do que a sua escola literária, diferente dos autores do Trovadorismo e suas cantigas trovadorescas. Compare, por exemplo, "Ausência" e "Soneto do amor total" do Vinícius. E você, qual sua visão acerca do amor e seus infinitos romances, que entrelaçam vidas, provocam beijos, e permitem loucuras?

Alexandre Mendonça